sinusite bacteriana

Sinusite Bacteriana: O que é e como tratar?

A sinusite é uma infecção comum e dolorosa caracterizada por alguns sintomas como pressão e dor na cavidade nasal. O que muita gente não sabe, entretanto, é que a sinusite pode ser bacteriana, viral ou fúngica, podendo exigir tratamentos distintos em cada um dos casos.

Neste artigo, vamos falar especificamente sobre a sinusite bacteriana, ou seja, a causada por bactérias e que comumente é confundida com um resfriado. Confira abaixo mais detalhes!

O que é a sinusite bacteriana?

A sinusite bacteriana é uma infecção nos seios da face (espaços ocos nos ossos da face ao redor do nariz) provocada por bactérias, ou seja, causando sintomas como coriza frequente e dor de cabeça. Entre as bactérias que geralmente são as responsáveis por essa inflamação: Streptococcus pneumoniae (30% dos casos), Moraxella catarrhalis (20% dos casos) e Haemophilus influenzae não-tipável (20% dos casos).

É importante destacar que em 90% das vezes a sinusite bacteriana se desenvolve depois de uma infecção viral, como gripe, resfriados ou crises alérgicas, já que elas deixam as mucosas nasais mais sensíveis à entrada de bactérias.

Quais são os sintomas da sinusite bacteriana?

Os sintomas da sinusite bacteriana são parecidos com o da sinusite viral, fúngica e alérgica. Por este motivo, fique atento aos sintomas e, caso eles persistam por mais de 10 dias, não deixe de procurar por um clínico geral ou otorrinolaringologista para que o tratamento adequado possa ser iniciado.

Entre os sintomas, podemos citar:

– Nariz entupido;

– Dor ou sensação de pressão na região ao redor do nariz;

– Dor ou pressão na testa, ao redor dos olhos e no maxilar superior;

– Corrimento nasal;

– Escorrimento de muco na garganta, que pode causar sensação de rouquidão ou de pressão na garganta;

– Dor de cabeça, que podem irradiar para outros lugares, como o pescoço;

– Dor de ouvido;

– Cansaço;

– Febre, que pode incluir sintomas como calafrios, exaustão e dores musculares;

– Diminuição do olfato;

Tosse;

– Espirros;

Mau hálito, já que o muco associado a sinusite pode ter um odor ruim;

– Perda de apetite;

– Dor de dente/dor nas gengivas.

Fatores de risco

Alguns fatores favorecem o desenvolvimento da sinusite bacteriana e podem ser destacados, como:

– Genética;

– Alterações imunológicas;

– Alergias a ácaros, pólens, fungos e alimentares, que podem causar rinite alérgica sazonal ou perenal;

– Alterações anatômicas das fossas nasais;

– Alterações anatômicas dos seios paranasais;

– Neoplasias;

–  Doenças sistémicas (endócrinas, metabólicas etc.);

 – Exposição a poluentes, que podem ser químicos, tóxicos, entre outros;

– Patologia dentária infecciosa;

– E por fim, refluxo gastroesofágico.

 Qual médico trata a sinusite bacteriana?

A sinusite bacteriana é tratada, preferencialmente, por otorrinolaringologistas. Portanto, não deixe de procurar ajuda nos seguintes casos:

-Em primeiro lugar, se houver obstrução nasal importante;

-Em seguida, se a dor for muito intensa;

-Posteriormente, se houver grande quantidade de secreção nasal;

– Além disso, se os sintomas se estenderem por mais de 10 dias;

– E por fim, se a febre se manter alta por mais de um ou dois dias (em crianças).

Principalmente, para a confirmação do diagnóstico é comum que seja realizado apenas o exame físico do nariz e garganta. Porém, é possível que o médico também realize endoscopia nasal ou solicite alguns exames específicos, como: tomografia computadorizada de seios da face, colheita de secreções nasais e teste de alergia. É claro que cada caso é único e que, por isso, a forma como o diagnóstico será feito e o tratamento podem variar de paciente para paciente.

Qual melhor tratamento para sinusite bacteriana?

Na maioria das vezes, a sinusite bacteriana melhora em duas semanas sem que haja a necessidade de antibióticos. Mas, é possível que o médico receite antibióticos caso os sintomas sejam graves ou durarem mais de uma semana. Além disso, corticosteroides podem ser prescritos com o objetivo de aliviar a dor e a pressão.

Em casos mais graves de sinusite bacteriana a cirurgia pode ser uma alternativa. Nela, os cirurgiões podem remover ossos, secreções ou mucosa para abrir os orifícios que comunicam o nariz e os seios da face, corrigir desvios do septo nasal ou tratar outros problemas anatômicos que possam favorecer a instalação da sinusite .  Vale dizer, ainda, que na maioria das vezes, nesse tipo de cirurgia o paciente pode retornar para casa no mesmo dia.

Também é importante destacar que algumas medidas podem ser tomadas em casa para aliviar os sintomas incômodos da sinusite bacteriana, como:

– Aplicar compressa quente nos seios nasais ou fazer inalação com vapor quente, o que ajuda a amenizar a dor e a pressão;

– Usar medicamentos anti-histamínicos para que a inflamação nos seios da face seja reduzida;

– Além disso, usar descongestionante nasal para ajudar na limpeza dos seios nasais e aliviar a pressão.

– Lavar o nariz com soro fisiológico de duas a 3 vezes por dia;

– Evitar ficar muito tempo em locais fechados;

– Ficar longe de fumaça ou poeira;

– E por fim, beber entre 1,5 a 2 litros de água todos os dias.

É relevante dizer que todo e qualquer tratamento para sinusite bacteriana deve ser realizado somente de acordo com recomendação médica, para que assim seja possível evitar eventuais complicações.

Complicações decorrentes da sinusite bacteriana

A sinusite bacteriana, como já falamos anteriormente, pode melhorar sozinha em alguns casos. Entretanto, é fundamental que se tenha atenção se os sintomas persistirem e que se procure por ajuda médica. Sinusites não tratadas da maneira correta podem gerar:

– Complicações ósseas, como a osteomealite frontal;

– Complicações orbitárias, como meningite, celulite pré-septal, abcesso subperiósteo, celulite periorbital, abcesso orbitário, complicações intracranianas, abcesso epidural, empiema subdural, abcesso cerebral, entre outros.

Existe prevenção para sinusite bacteriana?

Sim, existem algumas medidas que podem ser tomadas para prevenir um quadro de sinusite bacteriana. Entre elas, podemos citar:

– Em primeiro lugar, evitar a exposição a produtos poluentes químicos e tóxicos;

– Posteriormente, ter uma alimentação equilibrada e saudável;

-Em seguida, manter uma boa hidratação;

-Além disso, manter uma boa higiene oral;

– Principalmente, consultar o dentista de forma regular;

– E por fim, efetuar a vacinação anual para a gripe.

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Desde 1996, a SEPAM é especializada em otorrinolaringologia, audiologia, fonoterapia e otoneurologia, sendo todos os diagnósticos e tratamentos realizados com os mais modernos e inovadores equipamentos. Além disso, é importante destacar o corpo clínico, que é formado por profissionais altamente especializados em suas áreas de atuação.

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Dra Cristiane Vainchelboim
CRM 77801

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