amigdalas inflamadas

Amígdalas inflamadas – tudo que você precisa saber

As amígdalas são dois pequenos órgãos situados na região superior da garganta, próximo ao céu da boca, de aspecto rosado e enrugado. Essas protuberâncias são formadas por um tecido linfoide e fazem parte do sistema de defesa do organismo. As amígdalas inflamadas são muito comuns e podem ser uma resposta do corpo à invasão de agentes nocivos ou também podem ser o resultado de uma infecção. 

A seguir, vamos saber mais sobre a amigdalite, doença que afeta as amígdalas e provoca uma série de desconfortos em crianças e adultos.

O que são amígdalas inflamadas

Apesar de pequenas e pouco conhecidas, as amígdalas têm uma função importante. Elas são responsáveis por evitar que vírus, bactérias e alérgenos que entram pela região bucal tenham acesso ao interior do nosso organismo.

As amígdalas inflamadas também são chamadas de amigdalite. Trata-se de uma doença infecciosa causada por vírus ou bactérias muito comum em toda a população brasileira. Conheça os dois tipos:

Amigdalite viral

Infecção causada por vírus, sendo mais comum em crianças. O rinovírus é o agente mais ativo nesse tipo de infecção.

Amigdalite bacteriana

Infecção causada por bactérias, sendo mais frequente em adultos. As bactérias do tipo Streptococcus são as que mais causam a amigdalite bacteriana.

Além de causas distintas, os dois tipos de amigdalite também apresentam sintomas diferentes, dos quais falaremos mais adiante.

As amígdalas inflamadas também podem ser classificadas quanto à sua duração, podendo ser aguda ou crônica:

Amigdalite crônica

Acontece com muita frequência, várias vezes ao ano, podendo persistir por até 3 meses ou mais.

Amigdalite aguda

Acontece de forma esporádica, podendo durar algumas semanas com sintomas ativos.

Erroneamente, as amígdalas inflamadas nem sempre são levadas a sério por adultos e responsáveis de crianças que sofrem com o problema. Entretanto, é uma doença que deve, sim, ser acompanhada de perto por um especialista.

Como tratar as amígdalas inflamadas

O primeiro passo para tratar as amígdalas inflamadas é procurar um médico, caso identifique alguns dos sintomas da infecção. Você pode conferi-los no tópico seguinte. 

O médico, nesse primeiro momento, pode ser um clínico geral ou um pediatra, mas é imprescindível que haja a orientação de um especialista. O otorrinolaringologista é o profissional apropriado para identificar e tratar casos de amigdalite.

O diagnóstico, aliás, é muito simples. O médico irá escutar e avaliar os sintomas listados pelo paciente e, em seguida, tentará visualizar as amígdalas com a ajuda de um pequeno instrumento, buscando indícios de infecções na região.

O tratamento da doença inclui o uso de medicamentos de acordo com a causa da amigdalite. 

Para combater o tipo viral, são prescritos anti-inflamatórios e analgésicos para o alívio da dor. Já para tratar o tipo bacteriano, é necessário ingerir antibióticos. Neste último caso, é imprescindível seguir todo o tratamento prescrito pelo médico sob o risco de a infecção voltar, dessa vez, mais resistente.

Remoção das amígdalas

O otorrino também pode sugerir a remoção das amígdalas. Apesar de fazerem parte do sistema de defesa do organismo, as amígdalas podem ser removidas sem que esse procedimento cause qualquer dano à imunidade do indivíduo.

Pelo contrário, a retirada das amígdalas, em casos mais graves da doença, é indispensável para devolver ao paciente uma vida com mais qualidade e sem o desconforto dos muitos sintomas que a doença causa.

Algumas indicações da remoção das amígdalas são:

  • Quando o paciente não responde ao tratamento convencional, com uso de medicamentos;
  • Quando há dificuldade extrema para respirar, principalmente, em crianças;
  • Quando há quadros recorrentes de amigdalite, chamadas de amigdalite de repetição. Por afetarem bastante o sistema de defesa, essas situações devem ser evitadas a todo custo.

Quais os sintomas das amígdalas inflamadas

Conhecer os sintomas das amígdalas inflamadas é muito importante para distinguir a doença de outros problemas respiratórios e também para buscar ajuda médica com informações mais precisas sobre a sua condição atual.  

Como vimos, os sintomas das amígdalas inflamadas variam conforme a sua causa. Veja só:

Amigdalite viral

  • Inflamação do tipo mais branda;
  • Podem surgir quadros de conjuntivite, faringite e gengivite;
  • Garganta avermelhada.

Amigdalite bacteriana

  • Úvula inchada;
  • Pontos amarelos, indicando a presença de pus;
  • Calafrios.

Além destes sinais específicos, podemos citar sintomas comuns aos dois tipos de amigdalite:

  • Dificuldade para engolir água e alimentos;
  • Amígdalas avermelhadas e inchadas;
  • Coriza persistente;
  • Dificuldade para respirar;
  • Febre de 38°;
  • Dor no corpo;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Mau hálito;
  • Nódulos nas laterais do pescoço;
  • Voz anasalada;
  • Obstrução nasal;
  • Ronco;
  • Dificuldade para dormir;
  • Dor no ouvido;
  • Mal estar geral;
  • Vômitos;
  • Dor de estômago.

Por que as amígdalas inflamam

Como vimos, as causas mais comuns das amígdalas inflamadas são as bactérias e os vírus. Contudo, existem alguns fatores de risco que favorecem o surgimento dessa inflamação. Vamos conhecer quais são:

Baixa imunidade

Podemos dizer que a amigdalite bacteriana é uma doença oportunista, que invade o organismo quando este se encontra fragilizado. 

Substâncias alérgenas

A fumaça de cigarro, por exemplo, é uma substância que pode irritar e inflamar as amígdalas.

Respiração oral

Respirar pela boca é um hábito e uma condição provocada por outras doenças que também estimula o surgimento de infecções nas amígdalas. Isso acontece porque, na respiração pela boca, a cavidade bucal fica mais exposta aos agentes nocivos.

Clima

As amigdalites são mais comuns durante o inverno, estação mais fria do ano. Nessa época, as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados e são expostas a mudanças bruscas de temperatura, o que favorece a ação dos vírus.

Uso intenso do ar-condicionado

Em ambientes refrigerados há pouca circulação de ar natural, uma característica que facilita a transmissão dos vírus causadores da amigdalite.

Refluxo gastroesofágico

O refluxo se caracteriza pelo retorno do líquido estomacal para o esôfago, forçando o contato da garganta com substâncias ácidas e irritantes, originando a inflamação das amígdalas.

O refluxo gastroesofágico também pode causar quadros de faringite, laringite e rinossinusite pela mesma razão citada acima.

Alergias e doenças respiratórias

As amígdalas também podem ficar inflamadas devido a casos recorrentes e contínuos de resfriados, gripes, rinites e outras doenças respiratórias.

Idade

Apesar de ser comum em crianças e adultos, a amigdalite afeta com maior frequência o público mais jovem. Isso acontece porque na infância e na adolescência o sistema imunológico ainda está em formação, fazendo com que crianças e adolescentes fiquem mais expostos a quadros infecciosos.

Tamanho das amígdalas

O crescimento exagerado das amígdalas também é um fator de risco para o surgimento de infecções, assim como acontece com a adenoide.

Formas de contágio da doença

A amigdalite pode ser transmitida através do contato com gotículas produzidas pela pessoa infectada durante o beijo, a tosse e o espirro. O contágio pode ocorrer também com o compartilhamento de objetos de higiene bucal, talheres, copos e outros objetos pessoais.

Como prevenir as amígdalas inflamadas

Sabendo que se trata de uma doença muito comum em crianças, de origem viral em grande parte dos casos, a prevenção da amigdalite não é uma tarefa fácil. Apesar disso, existem algumas maneiras de reduzir a sua incidência. Confira as dicas:

  • Evite permanecer por muito tempo em ambientes fechados;
  • Reduza o uso do ar-condicionado;
  • Use máscaras quando estiver doente, quando estiver próximo a pessoas doentes e em ambientes com aglomeração de pessoas;
  • Não compartilhe objetos pessoais, especialmente os de uso bucal;
  • Mantenha as mãos sempre bem higienizadas;
  • Mantenha a casa arejada, com bastante ventilação natural;
  • Fique longe de fumaças de cigarro e de poluição;
  • Cuide da sua imunidade: durma bem, tenha uma alimentação saudável, evite o estresse e beba bastante água;
  • Trate corretamente os quadros de viroses, as gripes e resfriados, bem como os episódios de alergia quando surgirem;
  • Visite regularmente o seu otorrino. As consultas de rotina são essenciais para diagnosticar doenças logo após o seu surgimento.

Quanto tempo para desinflamar a amígdala

Apesar de bastante incômoda, a amigdalite não costuma ser uma doença persistente e os sintomas regridem em até quatro dias, especialmente quando a causa da inflamação é o vírus. Nesses casos, temos um tipo mais leve da doença.

Entretanto, há situações nas quais a busca por atendimento médico deve ser feita com urgência, principalmente quando as crianças menores são as afetadas. Procure um médico se:

  • Os sintomas persistirem por mais de 5 dias;
  • Houver dificuldade para respirar;
  • Houver dificuldade para se alimentar e para beber água.

Como saber se estou com as amígdalas inflamadas

A observação dos sintomas é o primeiro passo para que o indivíduo saiba se realmente está passando por um quadro de amigdalite. Como vimos, os sinais das amígdalas inflamadas são muitos e bem fáceis de identificar.

Diferente de muitos problemas de saúde, a amigdalite não é uma doença silenciosa. Pelo contrário, ela se manifesta de várias formas e afeta todo o organismo, cada parte de um jeito específico.

Então, observe se a sua garganta está inflamada, se as amígdalas estão avermelhadas, se há dificuldade para engolir, se a respiração está pausada ou cansada, se há febre e indisposição.

Em caso positivo, procure um otorrino o mais rápido possível. Quando mais cedo for feito o diagnóstico da amigdalite, mais efetivo será o tratamento e mais rápido será o seu retorno às suas atividades habituais.

Lembrando que, no caso de crianças, a atenção deve ser redobrada. Sabemos que crianças e adolescentes têm mais dificuldades para identificar e relatar os desconfortos que sentem. Logo, os pais e responsáveis precisam estar atentos e buscar ajuda médica quando preciso.

Sobre a Sepam

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